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Leio, logo indico: A Hospedeira

21:09 A leitora 0 Comentários Categoria : ,

 
      Pensar, pensar... e pensar!Para alguns isso pode ser sinal de alguma virtude, mas para aqueles que sentem as ideias fervilhando (chamemos assim o turbilhão que preenche nossa mente, num misto das mais variadas emoções naturezas e. Apenas para simplificar ^.~ rs) , mesmo naqueles momentos em que tudo o que se deseja é não pensar em nada (na hora de dormir por exemplo) isso pode ser um grave problema.
      Não, esse não é um post de desabafo de uma blogueira, mas já que parece ser da natureza de alguns pensar tanto, vamos aprofundar um pouco mais: e se além de ter que aturar a si próprio (no meu caso não é nada fácil rs) você tivesse que compartilhar não só seu corpo, mas suas mais profundas emoções e... “ideias” com outro ser,literalmente dentro da sua cabeça? Difícil, não é? Stephanie Meyer nos apresenta essa e um tanto mais de "dificuldades" no livro A Hospedeira.



Sinopse:
Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores: suas mentes são extraídas, enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Quando Melanie, um dos humanos "selvagens" que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava [...]
     
      Depois de muito protelar, finalmente tomei coragem e li. Um milhão de coisas se passaram em minha mente antes disso, entre expectativas, vontade de ler, vontade de adiar… e tantas outras coisas que não irei descrever para que esse texto não fique ainda maior (que medo!), a questão é que sempre quis manter-me o mais distante possível de spoilers e informações gerais sobre o livro e, acredite ou não, eu consegui. Exceto coisas básicas como o tema geral, não sabia muita coisa, e com isso quero dizer que não li resenhas (talvez algum trecho, não me lembro ;x) e muito menos a sinopse – às vezes tão reveladora (por isso fiz questão de omitir metade dela aqui haha) .
      Para encurtar a história, eu gosto muito da autora, seu estilo de escrita (tudo o que isso possa abarcar) e sua forma de pensar, mesmo que muitos torçam o nariz para ela, às vezes é bem parecida com a minha. Isso poderia comprometer meu julgamento da obra (e de certa forma vai, já que essa é apenas a minha opinião ¬¬’), mas a verdade é que vai além disso, pois eu achei bem diferente dos seus trabalhos anteriores - The Twilight Saga, of course – ...Sim, tem um triangulo amoroso, mas é diferente de todas as saturadas variações tão exploradas em novelas, filmes, livros e afins.
      O que mais gostei foi que, primeiro, Steph – olha a intimidade – colocou em palavras alguns dos meus pensamentos – aqueles “filosóficos”, que parece que só eu tenho, mas ficou comprovado que não – e, segundo, senti-me totalmente dentro da história! Quase posso dizer que Melanie – a Hospedeira- estava compartilhando sua mente com mais uma pessoa ^.^.
      A leitura demora um pouquinho para engrenar – como a grande maioria – mais isso tornou-se irrelevante quando o ritmo geral é mantido em um livro que não é tão pequeno. Os momentos que para alguns possam ser enfadonhos – para mim não foi - não se tornam maçantes,  pois há uma espécie de “pequenos clímax”, que movimentam as coisas, mesmo que não seja ação propriamente dita. Se você espera grandes cenas de tirar o folêgo, não vai encontrar, se por outro lado um clima tenso, cheio de contrariedades, conflitos (internos e "sociais") te agrada, terá um prato cheio! Particularmente achei válido cada questionamento, (Mel e Peregrina trazem a tona dualidades como mente e corpo, natureza/personalidade  e consciência/escolha, ligações físicas e emocionais, e diversas outras). 
      Os personagens são bem interessantes, não demonstram toda a sua profundidade (levo muito isso em consideração), talvez pelo fato de ser mais uma narrativa em primeira pessoa – e, convenhamos, tinha que ser -. No início pensei que Melanie fosse a protagonista absoluta (um ledo engano logo desfeito) e tomei suas dores, talvez minha tendência em estar do lado da humanidade – por que será? – tenha me feito ficar com os pés atrás quanto a Peg – a Alma, contudo, conforme compartilhávamos experiências - nós três rsrs – fui me apegando a cada uma delas e posteriormente à outros personagens, como Jeb, o tio de Mel, e Ian ♥. Este  último, mesmo que inicialmente fique “apagado” na trama,  cresceu como personagem e me conquistou ( como se o coração a ali não deixasse isso claro). Gostei de Jared – sqn muito rs – e de Jamie, o irmão bonzinho de Mel, mas... ficaram alguns “mas”.
       Jared tem toda a raiva contra as almas – totalmente compreensível-, mas é um personagem que pouco expõe seus sentimentos, é muito mais racional do que Ian, por exemplo, mas nem por isso menos intenso quando decide tomar uma atitude. Porém o ponto é: mesmo tendo cumprido o seu papel muito bem (desperta um misto de sentimentos com suas reações), na minha opinião ele poderia ser melhor explorado na trama, dado o potencial que tem… assim como os outros, que foram totalmente coadjuvantes ( o que me faz perguntar: onde está a continuação Miss Meyer??)
      Esse é o tipo de livro que te faz pensar – é, essa é a palavra chave da vez – e trazer à tona aquele turbilhão do qual falei, e eu meio que gosto de livros assim. Não tirou meu sono (talvez porque eu não tenha necessariamente medo de que a Terra seja invadida por E.Ts, ou pelo menos não tinha), mas esteve presente em boa parte dos meus dias de leitura - inclusive quando o livro estava fechado - , como se eu estivesse vivendo aquilo. Recomendo A Hospedeira para aqueles que gostam de se sentir imersos na leitura e, em uma via de mão dupla, estar na mente do personagem e deixá-lo entrar na sua. A leitura para mim foi intensa, real e ao mesmo tempo  fantástica, é fácil acreditar que tudo aquilo está acontecendo e se angustiar, injustiçar-se, sentir pena, dor e até raiva… o difícil é parar de ler. 

           ***♥***

Mais uma vez, não acredito que tenha conseguido expressar tudo o que senti, tudo o que o livro me trouxe... então ficaria grata se compartilhassem a impressão que tiveram após ler essa tentativa de resenha :D. Logo, comentem a vontade! ... E até a próxima leitura!!
Bjs! :*

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